sexta-feira, 18 de julho de 2014
Legislação Amamentação e Aleitação
A mãe que amamentar tem direito à dispensa diária do trabalho, por dois períodos diferentes, com a duração máxima de uma hora cada um.
A mãe trabalhadora deve comunicar à entidade patronal a sua intenção de gozar esta dispensa, com 10 dias de antecedência, juntando uma declaração médica. Nestas situações, a mãe mantém o direito ao subsídio de refeição e à sua remuneração.
Esta dispensa é acrescida de mais 30 minutos por cada gémeo(a) além do(a) primeiro(a).
Se a mãe trabalhar a tempo parcial, a dispensa é reduzida na proporção do período normal de trabalho, não podendo ser inferior a 30 minutos.
Caso estejam a alimentar o(a) bebé a biberão, a mãe ou o pai trabalhadores têm direito, por decisão conjunta, à dispensa do trabalho, por dois períodos diferentes, com a duração máxima de uma hora cada um, até a criança completar um ano de idade. Nestas situações, devem comunicar à entidade patronal a decisão conjunta do pai e da mãe, e mantêm o direito ao subsídio de refeição e remuneração.
Esta dispensa é acrescida de mais 30 minutos por cada gémeo(a) além do(a) primeiro(a).
Fomte: http://www.cite.gov.pt/pt/legis/CodTrab_L1_002.html#L002S7
Legislação Parental
A licença parental inicial pode ser partilhada pelo
pai e pela mãe, nas seguintes condições:
- 120 dias seguidos, pagos a 100%;
- 150 dias seguidos , pagos a 80%. Se a mãe e o pai gozarem cada um, em exclusivo, pelo menos 30 dias seguidos, ou dois períodos de 15 dias seguidos, o subsídio é de 100 % da remuneração de referência;
- 180 dias seguidos se a mãe e o pai gozarem cada um, em exclusivo, pelo menos 30 dias seguidos, ou dois períodos de 15 dias seguidos, depois do período de gozo obrigatório pela mãe de seis semanas, pagos a 83% da remuneração de referência;
Se houver gémeos, têm direito a mais 30 dias por
cada gémeo além do primeiro. O pagamento destes 30 dias extra é sempre
a 100%
Devem informar a entidade patronal, por escrito, da
duração da licença de maternidade / paternidade. Nestas situações, o pai e a
mãe têm direito ao subsídio parental inicial.
Nas situações de morte ou incapacidade física ou
psíquica da mãe, o pai tem direito a um período mínimo de 30 dias de licença
inicial.
Licença exclusiva da mãe
As seis semanas a seguir ao parto têm
obrigatoriamente que ser gozadas pela mãe. A mãe pode, também, gozar até 30
dias de licença antes do parto, mediante apresentação de atestado médico, e que
são descontados no período de licença parental a que tem direito.
Licença exclusiva do pai
O pai tem direito a 10 dias úteis de licença
obrigatórios: cinco dias seguidos logo a seguir ao nascimento e os restantes
cinco dias, seguidos ou não, nos 30 dias a seguir ao nascimento. Caso queira, o
pai tem ainda mais 10 dias úteis de licença, seguidos ou não, e que não são
obrigatórios.
Estes dias têm que ser gozados enquanto a mãe
estiver a gozar a licença parental inicial.
Se houver gémeos, têm direito apenas a mais dois
dias por cada gémeo além do primeiro.
Estes dias não são descontados
nos 120, 150 ou 180 dias de licença parental a que têm direito.
Fonte: http://www.cite.gov.pt/pt/legis/CodTrab_L1_002.html#L002S7
Saiba mais sobre o Parto de Gémeos
O parto prematuro espontâneo em
gravidezes de gémeos é uma das principais preocupações dos obstetras pois é um
dos principais fatores de risco mas, tal como em gravidezes simples tem uma
causa multifatorial. No entanto, conforme nos explica a ginecologista-obstetra
Ana Bernardino Simões “a principal causa de parto pré-termo e rotura de bolsa
de águas (rotura de membranas) em gémeos é a excessiva distensão das fibras
musculares do útero, que desencadeia contrações uterinas, resultando na alteração
do colo do útero e posterior parto.”
De acordo com a
obstetra, apesar de não haver medidas muito eficazes na prevenção de um parto
prematuro de gémeos, é consensual que sejam implementadas algumas orientações,
como o repouso, o reforço da hidratação oral e a utilização de terapêutica para
controlo das contrações uterinas. Medidas que serão, claro, sempre ponderadas
caso a caso
Ana Bernardino Simões,
revela ainda que não só o risco de parto pré-termo espontâneo é superior numa
gravidez gemelar, como provocar o parto antes das 37 semanas, pode mesmo estar
medicamente indicada. Segundo a
obstetra, dependendo do tipo de gravidez gemelar, ou seja, do números de
placentas e sacos amnióticos o parto pode ser programado para as 32-34 semanas
(gravidezes monoamnióticas), 36/37 semanas (gravidezes
monocoriónicas/biamnióticas), ou 37/38 semanas (gravidezes bicoriónicas).
De acordo com a Dra.
Teresina Simões ginecologista obstetra especialista em gémeos da Maternida
Alfredo da Costa (MAC), a gestação múltipla envolve ainda um risco duplo de
hemorragia pré-parto, que muitas vezes condiciona um parto prematuro e um risco
também duplo de hemorragia pós-parto que implica situações de verdadeira
emergência médica com custos elevados. A hemorragia, associada aos fenómenos
tromboembólicos e à hipertensão contribuem para o chamado “triângulo da morte”
em obstetrícia, causando 64 a 68% das mortes maternas no 2º e 3º trimestre da
gravidez e periparto. Metade das mortes maternas são pós-parto. Na Europa, a
mortalidade materna em 1994 estava estimada em 5,2/10 000 nascimentos vivos na
gravidez simples e 14,9/10 000 nas gestações múltiplas. O risco de hemorragia é
também maior quando aumenta o número de fetos.
Número de
gémeos
|
Risco de hemorragia pós-parto
|
Dois
|
2-4,5%
|
Três
|
9-12%
|
Quatro
|
27-58%
|
Mas nem tudo é mau e o parto
de gémeos não é um bicho papão. Regra geral, os obstetras preferem só falar do
parto perto do término da gravidez. Só nessa altura podem ter a certeza da
posição em que os bebés se encontram, bem como se existe algum outro fator que
influencie determinada decisão. Nos gémeos, aproximadamente 60% dos partos são
por cesariana, ou porque os bebés se apresentam em posições anómalas (não
cefálicos) ou porque a mãe já teve um parto por cesariana. Não se fazem partos
vaginais quando o 1º gémeo não está de cabeça para baixo (cefálico). Nas
gestações de mais de dois bebés (trigémeos ou mais) é considerado de boa
prática médica a realização do parto por cesariana. A cesariana envolve
obviamente mais custos que o parto vaginal.
Quando a gravidez é
monocoriónica e monoamniótica também tem de ser cesariana pois há um grande
risco de os cordões umbilicais estarem enrolados à volta do pescoço e deste
modo há menos riscos para os bebés. No entanto, noutras situações, desde que
pelo menos o 1º gémeo esteja em posição cefálica, não existe qualquer razão
para que não se opte pelo parto normal. Em alguns hospitais, é prática corrente
fazer-se cesariana sempre que existe uma gravidez gemelar. No entanto, a não
ser nos casos especificados, nada desaconselha o parto normal.
Fonte: livro Sim!!! São Gémeos!!!
Complicações na Gravidez
Ameaça de parto prematuro
O útero humano, contrariamente ao das outras
espécies, está apenas preparado para conter um feto de cada vez. A distensão
uterina, que os fetos adicionais condicionam, leva a que o útero, chegando
àquilo que é o seu volume máximo, tente expulsar o seu conteúdo, o que ocorre
habitualmente antes do termo da gravidez. A isto se chama insuficiência do colo
uterino que é a condição em que o colo do útero se abre antes do tempo.
A gravidez múltipla em relação à gravidez simples
envolve um risco 6 vezes superior de parto prematuro, com as consequências que
daí podem advir para os recém-nascidos nomeadamente: paralisia cerebral,
perturbações visuais e auditivas, problemas respiratórios, etc.
Mas nem todas as gestações múltiplas são iguais,
cada feto adicional vai condicionar uma redução no tempo final de gravidez de
cerca de três semanas e meia, o que condiciona uma idade média gestacional no
parto muito diferente conforme o número de gémeos envolvidos.
Existem, contudo,
outros fatores que influenciam o comportamento uterino nomeadamente, mulheres
grávidas de trigémeos ou com gravidezes de mais de 3 fetos, se já tiveram
filhos antes da gestação múltipla, vão ter uma idade gestacional no parto, uma
a três semanas superior em relação àquelas que nunca tiveram filhos, se têm
alguma anomalia anatómica do útero ou placenta prévia.
As mulheres mais
altas e com mais peso vão também suportar melhor uma gravidez múltipla, foi uma
das conclusões a que chegou um estudo publicado em 2003.
É fundamentalmente
a prematuridade que condiciona o aumento da mortalidade perinatal, mas também é
3 vezes mais frequente que os múltiplos não tenham um peso adequado para a
idade gestacional ao nascer. O facto de partilharem a placenta no caso dos
monocoriónicos, ou mesmo que cada feto tenha a sua própria placenta, por estas
não se poderem estender adequadamente no interior do útero, uma vez que o mesmo
espaço terá que ser partilhado por mais do que uma placenta, faz com que os
fetos não tenham as condições de nutrição adequadas, necessárias para um
desenvolvimento normal. O risco de morte intra-uterina dos fetos com restrição
de crescimento condiciona um aumento do parto pré-termo iatrogénico, pois a
única forma de assegurar a sobrevivência destes fetos é programar o parto.
Mais uma vez, damos
graças à tecnologia e ao desenvolvimento da nossa Medicina, que faz com que
nasçam bebés de apenas 24 semanas por vezes sem qualquer problema de saúde
futura. Vinte e quatro semanas é o tempo considerado mínimo para o(s) bebé(s)
serem viáveis. Antes disso, se houver uma paragem cardíaca, os bebés não são
reanimados. Claro que, quanto mais aguentarem na barriga da mamã, melhor, e
para isso já existem medicamentos que interrompem o trabalho de parto
antecipado e medicamentos para um desenvolvimento dos pulmões mais acelerado,
uma vez que este é dos órgãos que mais tempo leva a formar-se e o mais imaturo.
Fonte: Livro “Sim!!! São
Gémeos!!!”
SINDROME DE TRANSFUSÃO FETO-FETAL
O síndrome acontece quando existe um desequilíbrio do direcionamento
do fluxo sanguíneo que faz com que um feto seja o recetor e outro o dador. Isto
provoca que um, receba mais sangue que o outro o que pode provocar sérias e
fatais complicações para ambos os fetos. Este problema é normalmente
identificado entre as 15 e 25 semanas onde se verifica um crescimento inferior
anómalo em comparação com o outro feto, no entanto, não é tão raro assim,
aparecer após as 25 semanas. É um problema grave, mas que felizmente hoje em
dia, se for identificado a tempo, pode ser corrigido através da separação a
laser da placenta. A maior parte das grávidas nesta situação são encaminhadas
para Londres, Paris ou Espanha para efectuar este procedimento que, regra
geral, resolve o problema apesar de não ser isenta de riscos para os bebés. As
probabilidades não são muito animadoras, mas o pensamento mais comum é: Qual é
a alternativa? São cada vez mais frequentes casos de sucesso, por isso, futuras
mamãs de gémeos, não se preocupem antecipadamente. A mamã terá que estar atenta
aos sinais que o corpo dá e não descurar ser seguida por um bom
especialista.
Os vários fatores que podem ser indicadores do sintrome da TFF é
- Diferença acentuada no tamanho dos diferentes fetos do mesmo sexo
- Diferença no tamanho dos dois sacos amnióticos
- Diferença no tamanho dos dois cordões umbilicais
- Uma única placenta
- Evidência de fluido acumulado na pele de um dos fetos
- Insuficiência cardíaca no gémeo recetor
- Polihidrâmnio – excesso de líquido amniótico no gémeo recetor
- Oligohidrâmnio – diminuição do líquido amniótico no gémeo doador
Fonte:
Livro “Sim!!! São Gémeos!!!” e
http://demaeparamae.pt/artigos/gravidez-multipla-gemelar
Anemia
A gravidez gemelar
é mais propensa a complicações maternas como a anemia, hemorragias, hipertensão
e infecções, entre outras. A anemia, corrente na gravidez comum, é mais
frequente na gravidez gemelar porque se dá um aumento da rede vascular e da
síntese das células sanguíneas que levam ao esgotamento das reservas de ferro
da mãe.
Fonte: http://www.abcdobebe.com/evolucao-do-feto/a-gravidez-gemelar.html
Colestase obstétrica
Colestase da gravidez, também conhecida como
colestase obstétrica ou hepática da gravidez, geralmente ocorre durante o
último trimestre da gravidez, e provoca coceira intensa, especialmente nas mãos
e pés. Em raras ocasiões, os sintomas podem aparecer antes do terceiro
trimestre. A circunstância é raramente de preocupação para a saúde a longo
prazo da mãe, mas pode causar graves complicações para o bebé feto. Esta
complicação apesar de rara tem como fator de risco gravidezes múltiplas.
Fonte:
http://www.yesanswer.de/med/pt/1098.html
Diabete gestacional
A diabetes é responsável por um aumento do parto pré-termo, fetos macrossómicos (fetos
com mais de 4 kg), traumatismo do parto, morte fetal inexplicada intra-uterina,
aumento de risco de hipertensão e descolamento prematuro da placenta. Os
recém-nascidos filhos de mães diabéticas apresentam maior risco de síndrome de
dificuldade respiratória quando nascem prematuros.
A incidência de diabetes gestacional aumenta à
semelhança de outras complicações com o aumento do número de fetos.
Fonte:
Livro “Sim!!! São Gémeos!!!”
·
Pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é um problema grave e que pode
também ser fatal, principalmente para a mamã, que é causado pela elevação da
pressão arterial. Hoje em dia, os médicos já não arriscam e caso verifiquem que
a mamã corre riscos de pré-eclâmpsia, ficará logo internada em observação e, se
for caso disso, medicada até os bebés nascerem. O risco que corre(m) o(s)
bebé(s) se se detetar a pré-eclâmpsia é uma redução do fluxo de sangue para o
bebé, restringindo o crescimento dele originando um parto prematuro. Para a
mamã, o risco é de poder vir a ter convulsões que podem levar ao coma e até
mesmo à morte. Assustador? Sim. O risco é tão ou mais elevado quanto mais idade
tiver a mãe, quanto mais bebés carregar no ventre, se houver histórico de
pré-eclâmpsia na família, se a mãe for obesa, ou se a mãe tiver algum problema
crónico de saúde que afete o sistema circulatório, como hipertensão, lúpus ou
diabetes.
Tal como noutras situações, podemos sempre
minimizar os riscos mantendo uma alimentação correta e equilibrada, com todos
os nutrientes que o corpo necessita se nos deixarmos engordar demasiado e
descansando bastante.
Fonte: Livro “Sim!!! São Gémeos!!!”
Pressão arterial na
gravidez
A hipertensão
surge em 12 a 22% de todas as gestações o que a
torna uma das complicações mais frequentes da gravidez, estando implicada em
cerca de 20% das causas de morte materna na gravidez. A hipertensão é 3a 4
vezes mais frequente nas gestações múltiplas e também contribui para a
morbilidade: por um lado os fetos das mães hipertensas não se desenvolvem
18 bem; por outro lado, a hipertensão grave numa
gravidez múltipla pelos riscos que condiciona à grávida e aos fetos obriga a um
parto pré-termo terapêutico o que acontece em 35% das gestações triplas e em
72% das quádruplas.
Fonte:
Livro “Sim!!! São Gémeos!!!”
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