sexta-feira, 18 de julho de 2014

Complicações na Gravidez


Ameaça de parto prematuro
O útero humano, contrariamente ao das outras espécies, está apenas preparado para conter um feto de cada vez. A distensão uterina, que os fetos adicionais condicionam, leva a que o útero, chegando àquilo que é o seu volume máximo, tente expulsar o seu conteúdo, o que ocorre habitualmente antes do termo da gravidez. A isto se chama insuficiência do colo uterino que é a condição em que o colo do útero se abre antes do tempo.

A gravidez múltipla em relação à gravidez simples envolve um risco 6 vezes superior de parto prematuro, com as consequências que daí podem advir para os recém-nascidos nomeadamente: paralisia cerebral, perturbações visuais e auditivas, problemas respiratórios, etc.

Mas nem todas as gestações múltiplas são iguais, cada feto adicional vai condicionar uma redução no tempo final de gravidez de cerca de três semanas e meia, o que condiciona uma idade média gestacional no parto muito diferente conforme o número de gémeos envolvidos.

Existem, contudo, outros fatores que influenciam o comportamento uterino nomeadamente, mulheres grávidas de trigémeos ou com gravidezes de mais de 3 fetos, se já tiveram filhos antes da gestação múltipla, vão ter uma idade gestacional no parto, uma a três semanas superior em relação àquelas que nunca tiveram filhos, se têm alguma anomalia anatómica do útero ou placenta prévia.
As mulheres mais altas e com mais peso vão também suportar melhor uma gravidez múltipla, foi uma das conclusões a que chegou um estudo publicado em 2003.
É fundamentalmente a prematuridade que condiciona o aumento da mortalidade perinatal, mas também é 3 vezes mais frequente que os múltiplos não tenham um peso adequado para a idade gestacional ao nascer. O facto de partilharem a placenta no caso dos monocoriónicos, ou mesmo que cada feto tenha a sua própria placenta, por estas não se poderem estender adequadamente no interior do útero, uma vez que o mesmo espaço terá que ser partilhado por mais do que uma placenta, faz com que os fetos não tenham as condições de nutrição adequadas, necessárias para um desenvolvimento normal. O risco de morte intra-uterina dos fetos com restrição de crescimento condiciona um aumento do parto pré-termo iatrogénico, pois a única forma de assegurar a sobrevivência destes fetos é programar o parto.
Mais uma vez, damos graças à tecnologia e ao desenvolvimento da nossa Medicina, que faz com que nasçam bebés de apenas 24 semanas por vezes sem qualquer problema de saúde futura. Vinte e quatro semanas é o tempo considerado mínimo para o(s) bebé(s) serem viáveis. Antes disso, se houver uma paragem cardíaca, os bebés não são reanimados. Claro que, quanto mais aguentarem na barriga da mamã, melhor, e para isso já existem medicamentos que interrompem o trabalho de parto antecipado e medicamentos para um desenvolvimento dos pulmões mais acelerado, uma vez que este é dos órgãos que mais tempo leva a formar-se e o mais imaturo.    
Fonte: Livro “Sim!!! São Gémeos!!!”

SINDROME DE TRANSFUSÃO FETO-FETAL
O síndrome acontece quando existe um desequilíbrio do direcionamento do fluxo sanguíneo que faz com que um feto seja o recetor e outro o dador. Isto provoca que um, receba mais sangue que o outro o que pode provocar sérias e fatais complicações para ambos os fetos. Este problema é normalmente identificado entre as 15 e 25 semanas onde se verifica um crescimento inferior anómalo em comparação com o outro feto, no entanto, não é tão raro assim, aparecer após as 25 semanas. É um problema grave, mas que felizmente hoje em dia, se for identificado a tempo, pode ser corrigido através da separação a laser da placenta. A maior parte das grávidas nesta situação são encaminhadas para Londres, Paris ou Espanha para efectuar este procedimento que, regra geral, resolve o problema apesar de não ser isenta de riscos para os bebés. As probabilidades não são muito animadoras, mas o pensamento mais comum é: Qual é a alternativa? São cada vez mais frequentes casos de sucesso, por isso, futuras mamãs de gémeos, não se preocupem antecipadamente. A mamã terá que estar atenta aos sinais que o corpo dá e não descurar ser seguida por um bom especialista. 
Os vários fatores que podem ser indicadores do sintrome da TFF é
  • Diferença acentuada no tamanho dos diferentes fetos do mesmo sexo
  • Diferença no tamanho dos dois sacos amnióticos
  • Diferença no tamanho dos dois cordões umbilicais
  • Uma única placenta
  • Evidência de fluido acumulado na pele de um dos fetos
  • Insuficiência cardíaca no gémeo recetor
  • Polihidrâmnio – excesso de líquido amniótico no gémeo recetor
  • Oligohidrâmnio – diminuição do líquido amniótico no gémeo doador
Fonte: Livro “Sim!!! São Gémeos!!!” e http://demaeparamae.pt/artigos/gravidez-multipla-gemelar

Anemia
A gravidez gemelar é mais propensa a complicações maternas como a anemia, hemorragias, hipertensão e infecções, entre outras. A anemia, corrente na gravidez comum, é mais frequente na gravidez gemelar porque se dá um aumento da rede vascular e da síntese das células sanguíneas que levam ao esgotamento das reservas de ferro da mãe.
                        Fonte: http://www.abcdobebe.com/evolucao-do-feto/a-gravidez-gemelar.html

Colestase obstétrica
Colestase da gravidez, também conhecida como colestase obstétrica ou hepática da gravidez, geralmente ocorre durante o último trimestre da gravidez, e provoca coceira intensa, especialmente nas mãos e pés. Em raras ocasiões, os sintomas podem aparecer antes do terceiro trimestre. A circunstância é raramente de preocupação para a saúde a longo prazo da mãe, mas pode causar graves complicações para o bebé feto. Esta complicação apesar de rara tem como fator de risco gravidezes múltiplas.
Fonte: http://www.yesanswer.de/med/pt/1098.html


Diabete gestacional
A diabetes é responsável por um aumento do parto pré-termo, fetos macrossómicos (fetos com mais de 4 kg), traumatismo do parto, morte fetal inexplicada intra-uterina, aumento de risco de hipertensão e descolamento prematuro da placenta. Os recém-nascidos filhos de mães diabéticas apresentam maior risco de síndrome de dificuldade respiratória quando nascem prematuros.
A incidência de diabetes gestacional aumenta à semelhança de outras complicações com o aumento do número de fetos.
Fonte: Livro “Sim!!! São Gémeos!!!”
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Pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é um problema grave e que pode também ser fatal, principalmente para a mamã, que é causado pela elevação da pressão arterial. Hoje em dia, os médicos já não arriscam e caso verifiquem que a mamã corre riscos de pré-eclâmpsia, ficará logo internada em observação e, se for caso disso, medicada até os bebés nascerem. O risco que corre(m) o(s) bebé(s) se se detetar a pré-eclâmpsia é uma redução do fluxo de sangue para o bebé, restringindo o crescimento dele originando um parto prematuro. Para a mamã, o risco é de poder vir a ter convulsões que podem levar ao coma e até mesmo à morte. Assustador? Sim. O risco é tão ou mais elevado quanto mais idade tiver a mãe, quanto mais bebés carregar no ventre, se houver histórico de pré-eclâmpsia na família, se a mãe for obesa, ou se a mãe tiver algum problema crónico de saúde que afete o sistema circulatório, como hipertensão, lúpus ou diabetes.
Tal como noutras situações, podemos sempre minimizar os riscos mantendo uma alimentação correta e equilibrada, com todos os nutrientes que o corpo necessita se nos deixarmos engordar demasiado e descansando bastante.
                                                                      Fonte: Livro “Sim!!! São Gémeos!!!”
Pressão arterial na gravidez
A hipertensão surge em 12 a 22% de todas as gestações o que a torna uma das complicações mais frequentes da gravidez, estando implicada em cerca de 20% das causas de morte materna na gravidez. A hipertensão é 3a 4 vezes mais frequente nas gestações múltiplas e também contribui para a morbilidade: por um lado os fetos das mães hipertensas não se desenvolvem
18 bem; por outro lado, a hipertensão grave numa gravidez múltipla pelos riscos que condiciona à grávida e aos fetos obriga a um parto pré-termo terapêutico o que acontece em 35% das gestações triplas e em 72% das quádruplas.
Fonte: Livro “Sim!!! São Gémeos!!!”

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